Hoje foi o dia da caridade para as Marteiul, fomos num Coffee Break no Palace e uma exposição no Central Park, tudo para ancarear fundos para fundações de gente rica do Upper East Side que querem demonstrar que não são tão egoístas, quanto parecem. Mas, na verdade, é o próprio egoísmo que os leva a fazerem fundações que levam o seu nome, no fim, o dinheiro investido é mais dos outros que realmente deles.
Como eu já disse não é fácil ter 18 anos e ser rainha do Upper East Side, temos que nos destacar entre as outras, mas isso não é tão difícil para uma Merteiul.
Então, após um dia entediante, cheio de gente hipocrita e sorrisos falsos, voltariamos para casa para o jantar com os Valmont. Queria está incrível para encontrar meu irmãozinho, mas estava cansada, graças a badalação diária. Essa vantagem de se ter uma criada exotérica.
Samara foi mais minha mãe do que a Sra. Elizabeth Merteiul, mas nunca pude ser boa com ela, afinal, minha querida mamãe gosta que mantenhamos uma certa distância com os criados. Apesar de confiar e a ter como uma amiga, tento não demonstrar meus sentimentos por Samara, como uma boa rainha. Ao retornar ao lar, parecia que Samara tinha lido meus pensamentos, já havia me preparado um banho revitalizador, separado o vestido ideal e o perfume que atrairia qualquer homem ao meu redor. Para completar uma jóia, presente do meu querido padastro especialmente para aquela noite. Ele é um canalha, mas tem um bom gosto incrível para jóias. Todos já me aguardavam na sala.
Logo ao descer as escadas, me deparei com o jovem Valmont, nem em meus sonhos conseguiria imaginar que era tão atraente, possuía os olhos azuis do pai, um porte britânico, com um sorriso sarcástico americano, tudo que eu desejaria em um homem.
Ele me olhava como se eu fosse uma miragem, uma visão, prestando bastante atenção aos minimos detalhes do meu corpo. Sei que ele me desejou, como nunca desejou alguém.
Meu querido padastro fez as devidas apresentações, elogiou o meu vestido e pediu para que eu tocasse piano. Aff... Ele não sabe o tédio que sinto quando me pedem para fazer isso, toquei um exercício simples e rápido para não me sentir tão entediada. Meu padastro me elogiou e comentou que eu era uma aluna dedicada e presidente do corpo discente da Manchester. Frederich permanencia com os olhos fixados em mim, minha mãe também estava encantada com o enteado, principalmente quando ele demonstrou um francês fluente e impecável, que eu sei que jamais terei. Para minha mamãe eu nunca me esforçava o bastante, acho que ela busca descontar em mim suas frustações.
O Sr. Adams veio nos avisar que o jantar já estava servido, interrompendo os enfadonhos discursos de mamãe. Na sala de jantar falamos sobre futilidades, os costumes da casa e do Upper East Side, tenho certeza que ele se sairá muito bem aqui.
Frederich e Edward nunca se deram muito bem, a separação foi algo traumático. A Sra. Elize Valmont não suportou as aventuras extraconjugais do marido, entrou em depressão e passou a ter sérios problemas com drogas, o governo não poderia permitir que continuasse com a guarda do filho de 18 anos, assim ela internou-se e entregou Frederich aos cuidados do pai, que está no seu quarto casamento após a separação.
Após o jantar, entreguei um bilhete discretamente ao meu meio-irmão e me retirei, o padastro o conduziu até o seu quarto, que era exatamente em frente ao meu.
Minha querida mamãe fez comentários acerca do francês de Frederich, ressaltando a minha falta de interesse no estudo da língua, mas naquele momento nada que ela falasse me irritaria, porque meus pensamentos estavam voltados para o jovem Valmont. O bilhete que lhe havia entregado, marcava um encontro furtivo no terraço, planejado com a ajuda de Samara.
Vesti uma camisola vermelha curta de seda que havia ganhado de Ralph, um dos meus melhores amigos e ajudante de compras, afinal toda mulher precisa de um amigo gay, ele é incrivél.
No horário marcado, lá estava ele, vestindo um pijama azul de seda pura, quando notou a minha presença, me olhou dos pés a cabeça. Samara nos serviu uma taça de champagnhe e saiu para que conversassemos a sós.
O perfume dele era diferente, e deixava extasiada, os olhos dele me envolviam e o seu "boa noite" me deu um arrepio frio na espinha.
Perguntei qual era sua primeira impressão sobre a casa e nossa família, para ele tudo era muito novo e fascinante. Pedi que me chamasse de Meg, e deixasse os formalismos somente para quando estivessemos na presença de minha mãe, e ele permitiu que o chamasse de Fredie. Não falava muito sobre sua vida e fixou o seu olhar em meu decote. Expliquei sobre as regras da Sra. Merteiul e falei sobre a Manchester. Perguntei sobre a antiga escola, como ele se manteve vago tive que abrir o jogo e falei sobre o verdadeiro dossiê que Vanderbit tinha me entregue no dia anterior. Ele demonstrou nervosismo, mas o tranquilizei e disse: "Não precisamos esconder nada um do outro, nenhum de nós é tão santo quanto parece." Ele sorriu, naquele momento fechamos um laço de amizade e complicidade, fariamos uma dupla e tanto. Compartilhamos histórias e o champagnhe logo acabou, duas garafas foram o suficiente para nos abrirmos e no fim selarmos nossa parceria com um beijo. Já estava na hora de nos recolhermos. Antes de despedir o entreguei um presente. A história de Margareth Merteiul e Frederich Valmont estava apenas começando, e tinhamos que guardar energias para o dia seguinte.
A única certeza que tenho é que Manhatan nunca mais será a mesma.
Margareth (Meg) Merteiul
segunda-feira, 26 de abril de 2010
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